Um outro lugar supraceleste ou a teoria do bom gosto

Cheguei à escola, entro na sala às 8h25… informam-me que alguns alunos do 3ºano (12º) de Audiovisuais estão dispensados, estão a editar os trabalhos finais. 

Hoje a aula é baseada na teoria da Arte: o bom gosto. 

Esta teoria já tinha sido levantada quando no ano de 324, o Imperador Constantino mandou construir a Basílica de são Pedro do Vaticano em Roma. Alguns “críticos” não gostaram do Alpendre que dava acesso à Igreja,do átrio e do ambulatório. No seculo IV já estas alminhas faziam as suas criticas. Claro que Constantino não ligou aos “donos do bom gosto”.

Temos um exemplo recente: o Museu dos Coches…”um grande armazém”, “um edifício descaracterizado”, “impróprio para o efeito”. O arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, vencedor do prémio Pritkzer, idealizou um espaço aberto, luminoso, em qua o centro das atenções são objectivamento as liteiras, os coches e as berlindas. Tenho a certeza que a maioria dos milhares de visitantes gostaram do espaço.

O Período do Barroco é muitas vezes criticado pela sua filosofia que está subjacente á arte, ao seu estilo exagerado, pesado, nostálgico… 
Talvez seja verdade… mas temos Bernini, Caravaggio, Rubens, Velázquez, Rembrandt, Vermeer, Brun, La Tour, Carracci, Ribera e muitos outros…. Com estes génios, quem pode afirmar que o Barroco é um estilo “pesado, exagerado”, etc? 

Como afirmou Frederico Lourenço, “uns gostam, outros detestam o Siza, a Paula Rego, a Joana Vasconcelos. E até que ponto alguém pode ser dono do bom gosto? Até que ponto não é tudo subjectivo e arbitrário?