A Pop Art, um movimento iconoclasta | m10

Jasper Jones. Três bandeiras.1958
Nascida ainda nos anos 50 nos grandes núcleos urbanos (Londres e Nova Iorque) , a  Pop Art utilizou uma linguagem figurativa recorrendo a símbolos, figuras e objectos próprios da cidade e do seu quotidiano. Não se baseou em teorias e, por isso, não colocou dificuldades interpretativas.
A sua temática esteve ligada à "cultura popular" constituída por imagens do quotidiano, retiradas da BD, das revistas e dos jornais, da fotografia, do cinema e da televisão. São conhecidos os retratos de Marilyn Monroe, Jackie Kennedy, Liz Taylor e Elvis Presley. Utilizou recursos técnicos mecânicos ou semimecânicos como a fotografia e a serigrafia. O resultado plástico, devido à imagem utilizada, possui uma certa frieza e impessoalidade.
A Pop Art foi influenciada pelas recolhas dadaístas e surrealista efectuadas por Robert Motherwell (1915-1991) nos anos 50 pelos ready-made de Duchamp e pelas colagens de Kurt Schwitters. Em Inglaterra, os artistas de maior renome são Richard Hamilton (n. 1922), Peter Blake (n. 1932), David Hockney (n. 1937), com uma temática onde predominam os objectos de consumo, e Allen Jones (n. 1937).

Entre os artistas americanos, podemos considerar duas vertentes, sendo uma mais "neodadaísta", onde se incluem Robert Rauschenberg (n. 1925), Jasper Johns (n. 1930) e Jim Dine (n. 1935), que combinou objectos reais com fundos de pintura. A outra vertente é composta por artistas como: Andy Warhol (1928-1987), que utilizou imagens da BD, de objectos de consumo e retratos de personalidades, Roy Lichtenstein (1923-1997), Tom Wesselmann (1931-2004) que usou a assemblage; e James Rosenquist (n. 1933).

Andy Warhol. Sopas Campbells. 1969